Depressão Refratária: O Que Fazer Quando os Tratamentos Não Funcionam?

A depressão pode ser uma jornada dolorosa e solitária. Para algumas pessoas, os tratamentos convencionais — como antidepressivos e terapia — trazem alívio significativo. Mas para outras, o caminho parece ser mais difícil: mesmo com várias tentativas de tratamento, os sintomas persistem. Esse é o caso da chamada depressão refratária.

O Que é Depressão Refratária?

Depressão refratária é um termo utilizado para descrever quadros depressivos que não melhoram após vários tratamentos convencionais. Isso não significa que não haja esperança ou que o tratamento seja impossível, mas sim que será necessário um olhar mais atento e novas abordagens para enfrentar a condição.

A depressão refratária pode ser frustrante tanto para o paciente quanto para seus familiares, especialmente quando a esperança de uma melhora parece estar cada vez mais distante. No entanto, é importante lembrar que existem opções e que o suporte profissional adequado pode fazer a diferença.

 

Por Que o Tratamento Convencional Pode Não Funcionar?

Cada pessoa é única e, consequentemente, a resposta ao tratamento também é muito particular. Existem várias razões pelas quais um tratamento pode não funcionar. Pode ser que o medicamento utilizado não seja adequado para aquele indivíduo, ou talvez a dosagem necessite de ajustes. Em alguns casos, outros fatores como doenças associadas, problemas hormonais ou até mesmo aspectos da vida pessoal, como situações de estresse constante, influenciem negativamente na resposta ao tratamento.

É comum que algumas pessoas também experimentem efeitos colaterais que acabam tornando o tratamento difícil de ser mantido, o que pode levar à desistência antes de haver algum benefício real. É preciso entender que, na depressão refratária, o caminho até a melhora pode envolver ajustes e tentativas que exigem paciência e persistência.

 

Abordagens Alternativas para Depressão Refratária

Quando os tratamentos tradicionais não funcionam, existem outras alternativas que podem ser exploradas. Aqui estão algumas opções:

  1. Ajustes Medicamentosos: Muitas vezes, é preciso fazer ajustes na dosagem ou combinar diferentes tipos de antidepressivos. Alguns pacientes respondem melhor a combinações que envolvem estabilizadores de humor ou antipsicóticos em baixas doses.
  2. Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): A EMT é um tratamento não invasivo que utiliza campos magnéticos para estimular áreas específicas do cérebro envolvidas na regulação do humor. Esse tratamento tem demonstrado bons resultados para pessoas que não responderam aos tratamentos convencionais.
  3. Estimulação do Nervo Vago (ENV): Embora menos comum, a ENV é outra opção para a depressão refratária. Esse procedimento envolve a implantação de um dispositivo que estimula eletricamente o nervo vago, ajudando a regular o humor.
  4. Terapias Psicossociais: Terapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ainda são essenciais, mas muitas vezes precisam ser adaptadas ou complementadas por outras abordagens, como terapia familiar ou terapia focada em soluções.
  5. Eletroconvulsoterapia (ECT) : Apesar de haver muito estigmas e receio sobre essa forma de tratamento, a ECT é  uma das formar mais eficazes para tratamento de depressão refratária e depressões psicóticas. Sempre realizada sob efeito de sedação  e consiste na aplicação de cargas elétricas para estimular uma convulsão. É um tratamento muito seguro, inclusive para gestantes e idosos.
  6. Cetamina e Escetamina ( Spravato): O uso da cetamina para o tratamento da depressão é feito por aplicação intranasal ou por infusão, que pode ser endovenosa ou subcutânea. Todas essas formas de aplicação devem ser realizadas em ambiente hospitalar ou em clínicas apropriadas, com monitorização do paciente durante todo o procedimento.
  7. Terapias Inovadoras: Pesquisas recentes têm explorado o uso de psicodélicos como psilocibina para o tratamento da depressão refratária, com resultados promissores. Esses tratamentos são geralmente realizados em ambientes clínicos de pesquisa a ainda precisam de mais estudos.

 

Não Desista: Há Esperança

Pode ser incrivelmente desanimador quando os tratamentos não funcionam da forma esperada. Isso pode fazer com que a pessoa se sinta sem saída e sem esperança. No entanto, é importante lembrar que a depressão é uma condição complexa e que cada tentativa de tratamento é uma oportunidade de aprendizado sobre o que funciona ou não para você.

Buscar um psiquiatra com experiência em depressão refratária como a Dra. Laiane Corgosinho, é essencial, pois ela pode ajudar a encontrar novas abordagens e a adaptar o tratamento conforme as necessidades mudam. Também é importante envolver os amigos e familiares no processo, garantindo um suporte emocional essencial para seguir em frente.

A depressão refratária é um desafio significativo, mas não é um beco sem saída. Existem muitas alternativas e opções de tratamento que podem ser eficazes, mesmo quando os tratamentos iniciais falham. A jornada pode ser longa e difícil, mas com persistência, apoio e um acompanhamento profissional adequado, é possível encontrar caminhos que levem a uma melhora real.

Se você ou um ente querido está passando por isso, lembre-se de que não está sozinho. Marque agora sua consulta com a Dra. Laiane, explore suas opções e nunca perca a esperança.

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