Autismo em adultos
Você sabia que o autismo é uma condição que afeta cerca de 2% da população mundial?
O autismo é uma variação do modo de funcionamento do cérebro diferente da maioria da população. Por isso, a forma de apresentação do autismo pode ser muito diferente entre as pessoas. “Cada pessoa autista é única”.
O autismo pode trazer diversos desafios para a vida da pessoa, mas também pode revelar talentos e potenciais únicos. Por isso, é fundamental buscar ajuda especializada para entender e lidar com os sintomas.
Autismo: o que é, como identificar e como tratar
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a forma como a pessoa se comunica, se relaciona e se comporta.
O autismo pode se manifestar de diferentes formas e graus, por isso é chamado de espectro. Algumas pessoas com autismo podem ter dificuldades para falar profunda. Outras podem ter habilidades excepcionais em áreas específicas, como música ou matemática.
O autismo é uma complexa junção de fatores , sendo os fatores genéticos grande importância. Sabemos que a herdabilidade genética chega a ser 80%.
O autismo não é uma doença, mas uma condição que acompanha a pessoa por toda a vida. Por isso importante entender suas peculiaridades.
Quais são os sintomas do autismo?
Os sintomas do autismo podem variar muito de uma pessoa para outra, mas geralmente se dividem em três áreas:
- Comunicação: dificuldade ou atraso para falar, uso repetitivo ou incomum da linguagem, falta de contato visual, dificuldade para entender gestos, expressões faciais e ironias, preferência por se comunicar por meio de imagens ou símbolos.
- Interação social: dificuldade para fazer amigos, falta de interesse ou empatia pelos sentimentos dos outros, isolamento, comportamento indiferente ou agressivo, resistência ao toque ou ao contato físico.
- Comportamento: interesses restritos ou obsessivos por determinados assuntos ou objetos, rotinas rígidas e inflexíveis, reação intensa a mudanças ou estímulos sensoriais, movimentos repetitivos ou estereotipados, como balançar o corpo ou as mãos
Porque muitos diagnóstico de autismo passam despercebidos até a vida adulta?
Os sintomas do autismo aparecem nos primeiros anos de vida, mas podem passar despercebidos até a vida adulta quando não houve atraso na aprendizagem escolar ou podem ser confundidos com outras condições, como TDAH ou dislexia.
Estudos mostram que pessoas que não tiveram atraso da linguagem na infância, podem ter um atraso no diagnóstico pois os pais não se sentem motivados em procurar ajuda profissional.
Na vida adulta, o diagnóstico tem um caráter de autoconhecimento, permitindo o indivíduo se conhecer, entender padrões de comportamento e contextualizar dificuldades observadas na vida.
Os pacientes com diagnóstico na vida adulta geralmente têm nível de dependência grau 1 e tem maiores dificuldades em manter vínculos afetivos e percepção negativa de si.
Como é feito o diagnóstico do autismo?
O diagnóstico do autismo é feito por meio de uma avaliação clínica. Para auxiliar o diagnóstico em pacientes com sintomas leves, uma avaliação multidisciplinar é fundamental, contando com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
No diagnóstico de autismo em adultos, a avaliação neuropsicológica pode auxiliar o médico na detecção de sintomas leves e diagnósticos diferenciais.
Como é o tratamento do autismo?
O tratamento do autismo é individualizado e baseado nas necessidades e potencialidades de cada pessoa. O objetivo é estimular as habilidades de comunicação, interação social e aprendizagem, além de reduzir os comportamentos inadequados ou desafiadores.
O tratamento envolve diferentes abordagens terapêuticas, como:
- Terapia comportamental: usa técnicas de reforço positivo para ensinar novas habilidades e modificar comportamentos indesejados.
- Terapia cognitivo-comportamental: ajuda a pessoa com autismo a reconhecer e lidar com suas emoções e pensamentos negativos.
- Fonoaudiologia: trabalha as habilidades de linguagem, fala e comunicação, tanto verbal quanto não verbal.
- Medicação: pode ser usada para tratar sintomas associados ao autismo, como ansiedade, depressão, hiperatividade, irritabilidade ou agressividade. A medicação deve ser prescrita e acompanhada por um médico.
Qual a importância do diagnóstico?
- Contextualizar sintomas que a pessoa vivenciou durante a vida.
- Facilitar a inclusão em faculdade e trabalho.
- Treinamento de habilidades sociais para melhora no relacionamento com amigos, familiares e trabalho.
Com o conhecimento adequado é possível melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas com autismo.
Se você suspeita que tenha autismo ou alguém próximo possa ter autismo, procure ajuda especializada. Dra. Laiane Corgosinho pode ajudá-lo nesse caminho de autoconhecimento. Clique aqui e marque agora sua consulta.
